O VIGÉSIMO DIA
Chegou o vigésimo dia.
Acordou pensando...
Com o dia chegando...
Que estava sonhando.
Era o vigésimo dia...
Passara por tanta alegria...
E muita nostalgia.
Decidiu ser diferente...
Fazer uma corrente...
Que não arrebentasse rente.
Colou com cola mil...
Cobriu com a cor anil...
E de casa saiu.
Foi espalhando flores...
Sem medo ou temores...
Era seu dia de valores.
Regou um jardim florido...
Arrancou um ramo perdido...
Colheu um lírio querido.
Estava benevolente...
Com o pensamento consciente...
Do que realmente sente.
Sabia ser necessário...
Um trabalho diário...
Do exercício solidário.
Aprendera com a vida...
Que tudo tem uma saída...
Que basta caminhar decidida.
Agora que vive novo momento...
Nesse vigésimo dia de vento...
Deixe seu recado a tempo.
Pode ser cansativo...
Mas é muito persuasivo...
Ouvir um recado instrutivo.
Às vezes seu silêncio fala...
As vezes seu falar silencia...
Mas ambos só contagia.
Do outro lado da tela...
Sei que o silêncio que impera...
É um recado de espera.
Quando fala do outro lado...
Sei que fui recompensado...
Por um conselho abençoado.
Assim mais uma vez...
Escreva um seu talvez...
Que leve um amparo a quem fez.
Sim, é quase um "enfim"...
Não pode deixar assim...
Quem grita no silêncio sem fim.