O VIGÉSIMO DIA

Chegou o vigésimo dia.

Acordou pensando...

Com o dia chegando...

Que estava sonhando.

Era o vigésimo dia...

Passara por tanta alegria...

E muita nostalgia.

Decidiu ser diferente...

Fazer uma corrente...

Que não arrebentasse rente.

Colou com cola mil...

Cobriu com a cor anil...

E de casa saiu.

Foi espalhando flores...

Sem medo ou temores...

Era seu dia de valores.

Regou um jardim florido...

Arrancou um ramo perdido...

Colheu um lírio querido.

Estava benevolente...

Com o pensamento consciente...

Do que realmente sente.

Sabia ser necessário...

Um trabalho diário...

Do exercício solidário.

Aprendera com a vida...

Que tudo tem uma saída...

Que basta caminhar decidida.

Agora que vive novo momento...

Nesse vigésimo dia de vento...

Deixe seu recado a tempo.

Pode ser cansativo...

Mas é muito persuasivo...

Ouvir um recado instrutivo.

Às vezes seu silêncio fala...

As vezes seu falar silencia...

Mas ambos só contagia.

Do outro lado da tela...

Sei que o silêncio que impera...

É um recado de espera.

Quando fala do outro lado...

Sei que fui recompensado...

Por um conselho abençoado.

Assim mais uma vez...

Escreva um seu talvez...

Que leve um amparo a quem fez.

Sim, é quase um "enfim"...

Não pode deixar assim...

Quem grita no silêncio sem fim.

NEUZA DRUMOND
Enviado por NEUZA DRUMOND em 05/03/2017
Código do texto: T5931128
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