O DÉCIMO OITAVO DIA
Chegou o décimo oitavo dia.
Acordou surpreendida...
Olhou em volta dividida...
Não sabia como seria a lida.
Propusera mais coerência...
Usar mais a ciência...
Ter mais consistência.
Soltou o cabelo ao vento...
Fez um gesto lento...
Quem sabe veria fundamento.
Perdeu a coragem e a vez...
Quem sabe, amanhã, talvez...
Pudesse ver solidez.
Mas não poderia desistir...
Estava a um passo de ir...
Não poderia sucumbir.
Viveu o momento tenso...
Fugaz, porém propenso...
A levar ao fundo intenso.
Não havia muita solução...
Era agir ou cair na desolação...
Era uma escolha, uma ação.
Perguntou ao silêncio amigo...
O que fazer consigo...
Naquele olhar perdido.
Lembrou do ontem em paz...
Lembrou que era capaz...
Que a vida é a gente que faz.
Correu para frente inseguro...
Seria um passo obscuro...
Mas, início de um tempo futuro.
Porém, não caminha sozinha...
A vida é uma linha...
Precisa de sua companhia.
Não seja um ser ausente...
Lembre de ser influente...
E dê um conselho coerente.
Sei que às vezes cansa...
Dar ouvidos a essa que trança...
Sua vida numa inconstância.
Mas pensa que bem fará...
Se a essa puder ajudar...
A seguir o seu caminhar.
Às vezes, pensa que vai...
Às vezes, pensa que cai...
E sempre espera que sai.
É simples, pode não parecer...
É urgente, pode não ver...
É necessário, pode crer.