O DÉCIMO SÉTIMO DIA
Chegou o décimo sétimo dia.
Acordou muito leve...
Feliz, livre, breve...
A vida parecia uma neve.
Vestiu seu mais belo traje...
Colocou um batom suave...
Tranquila e sem entrave.
Sorriu olhando a praça...
Observou aquele que passa...
Estava em estado de graça.
Comprou um sorvete de ameixa...
Estava num dia sem queixa...
Contente com sua deixa.
Era um ser diferente...
Só via o lado gente...
Da vida que passa rente.
Sentou num banco amarelo...
Olhou um pássaro belo...
Como era bom ser um elo.
Fez uma ligação...
Comemorou em seu coração...
Aquela bela lição.
Saiu rapidamente...
Sorrindo levemente...
Era bom ser contente.
Agora quero que entenda...
Que não se surpreenda...
Que a vida é como uma venda.
Não dá para saber o amanhã...
Que é como um novelo de lã...
Que enrola na certeza vä.
Assim, mesmo no bem...
Deixa uma mensagem também...
Que leva um recado ao além.
Visto ser dia fugaz...
Escreva uma palavra que traz...
Amor, fé e muita paz.
Pode falar da esperança...
De dias de bonança...
Que vive como uma criança.
Sim, é simples e certo...
É perfeito e correto...
Acompanhar tudo de perto.
É hora de dormir...
Teve um dia a sorrir...
Descanse para amanhã partir.