O DÉCIMO SEGUNDO DIA
Chegou o décimo segundo dia.
Levantou depressa...
Vestiu—se com pressa...
Ia cumprir uma promessa.
Pensou num plano...
Sem perda ou dano...
Que fosse humano.
Era algo que exigia ciência...
Muita competência...
E extrema paciência.
Sabia da tarefa afiada...
Mas estava acostumada...
A enfrentar a jornada.
Arrancou um pedaço do céu...
Para pintar o papel...
Que te jogou ao léu.
Quer sua ajuda...
Mesmo que seja absurda...
Esta insistência aguda.
Agora está em linha...
Num rumo que já caminha...
Há um tempo sozinha.
Descobriu seu cuidado..
Mesmo em seu mundo isolado...
Quando lê do outro lado.
Insiste para que escreva...
Uma palavra que goteja...
Uma alegria benfazeja.
Esta é a tarefa a vencer...
Precisa te convencer...
A uma palavra dizer.
Quem sabe olha para o lado...
Escreve um fato contado...
De um dia que foi iluminado.
Deixa esse coração sorrir...
Permite essa alma evoluir...
Num seu perfeito sentir.