PALAVRAS
Ah! Palavras...
Palavras perdidas
Por tempo busquei
Por onde andavam?
Por mais que buscasse,
Não as pude encontrar
Quando as usava,
Vinham tão tortas
Com medo de vir.
E como um toque de mágica,
Elas começam a surgir
Tão vagamente
Uma aqui e a outra ali.
Como o orvalho pela manhã
Borboleteando em minha mente,
Tão tímida e suavemente
Com uma sede de vir.
E rega minha vida
Com sutileza pelas manhãs.
Ah! Palavras...
Palavras amigas,
Que conseguem falar!
Aquilo que nem eu mesma
Em longas conversas
Pude pronunciar.
Vai abrindo vai soltando
O que lá de dentro vem
Tão profundo me rasgando
As dores que por dentro tens.
Inspirar sentimentos
Expirar palavras sãs
E poder libertar
Aquilo que por muito tempo
Teimava em maltratar.