CALVAGAR
Ponho-me, em minha janela
a divagar em sonhos, e em pensamentos...
Imagino falar com ela, vejo em fim,
a minha vontade calvagar aos ventos
e no alento, tento segurar as lagrimas
dos meus sentimentos.
Invento mundos que eu possa acreditar
sufoco planos bocejados
e sonhos que vivem a fugindo do meu luar.
Sonhos que me eleva, e que me leva
por esse mundo medonho
e quando penso que galguei os planos,
os sonhos começam a me enganar.
Tento inventar novo tear, mas descubro
que é com o velho bastidor que:
sempre irei estar.
Antonio Montes