QUINTO FIM DO MUNDO
Nao Era quente mas a noite seguia abafada
Faltavam oito minutos para o fim do mundo
Ela suavemente aguardava
Imersa à brisa de algo mais profundo
Agarrada às crenças que outrora blasfemara
Chegava ate a ser um murmuro
Talvez uma prece, mesmo sem fé, sem nada.
Quando deu por si, se viu em seu casulo
Mal sabia o que era a vida além daquela calçada
O que era o final para quem nao sabia o que era chegada
Qual era a intenção da vida com aquela jogada?
Entao nao sabia a vida que ela já estava calejada, protegida e armada.
Recolhida em seu leito, pacientemente aguardava
Um segundo para o fim do seu mundo
Tudo submergindo sem rumo
Seu temores e coragens arrancados la do fundo
Ela encarou o fim e depois nem se lamentava
Se nao fosse dessa vez esse infortúnio
Finalmente, dela nada restava.