O QUARTO DIA
Chegou o quarto dia.
Levantou cedo...
Não teve medo...
Colocou um anel no dedo.
Pensou ser insanidade...
Partir sem deixar saudade...
Para um tempo de verdade.
Contou com a emoção...
Desenhou na palma da mão...
Um rastro de ilusão.
Quem se importaria...
Com quem contaria...
Nesta vida de fantasia?
Não soube respostas...
Saiu dando as costas...
De forma bem disposta.
O que fazer com seu plano...
Agora, parecendo insano...
Com traços de fim de ano?
Fez uma ligação...
Queria ter uma nova sensação...
Viver uma nova tensão.
Ouviu do outro lado da linha...
Uma voz suave e sozinha...
Que sabia ser a minha.
Era um eco no escuro...
Falava de um tempo obscuro...
Sem cor, sem dor, sem futuro.
Sim, estava perdida...
Não havia saída...
Era um risco de caída.
Quem sabe pode contribuir...
Escreve um novo agir...
Que ajude a vida suprir.
Pode ser o que quiser...
Falar como puder...
Sendo o que fizer.
É só começar pelo começo...
Algo que não tem preço...
Deixando um recomeço.
Que bom que está aí...
Não pode deixar cair...
Um outro mundo a ruir.