Noutros braços
Sonolentos versos de quem morre.
Uns amores despedaçados,
uns retratos amassados nos bolsos,
moedas, versos crus e a fúria do universo
amarrotada num trago de cachaça.
O poeta cala.
O poeta, por entre becos.
Perde a hora e a vez.
Foste tu quem perdeu, mulher!
Envelope de amargura e sensatez...
Vai embora, moça!
Vai depressa.
Passos ligeiros.
Portas ligeiras.
Bocas certeiras.
Que o poeta tem pressa em adormecer...
Noutros braços.