Tempo mãe
Enquanto cantava uma canção de ninar
Em vão tentava conter o filho que crescia
E ainda beijava sua roupa de saudade
Quando chegou da escola ao fim do dia
Gritando que aprendera a escrever o nome
Depois sobrenome, e uma cartinha de amor.
O tempo correu e confundiu suas lembranças
Que pena, não guardara seus beijos, seus cachos
E o par de tênis cheios de areia do parque
Deve ter ficado ao pé de tangerina no quintal
Pois, quando assistiu chegar à casa o homem
Quis saber a que horas vinha o menino que saiu.