Não
Quando não vejo?
Quando não sinto?
Quando não vivo?
Quando não morro?
Meus olhos ficam vermelhos,
Meus pensares ficam vazios
Meus membros ficam frios,
Meus sonhos ficam nebulosos.
Ver o que não existe,
Caminhar léguas vendo o inexistente,
Como se tivesse vendo a possibilidade,
Do invisível sendo realidade.
Sentindo falta do ser,
Não terias dúvidas do crer?
Como sentir sem compreender,
Como compreender se não ser.
Vida que não se estende além,
É como todos morrem,
Morte dos sonhos, e dos que vivem.
Vivem sem mortos estarem.
Quando morres, renascerá,
A morte é o que te renovará,
Renovar é crer que compreende a vida,
Mas, para o que vive só a morte haverá.
Não pode ficar olhando,
Não pode ficar tranquilo,
Não pode ficar sendo,
Não pode ficar mutilando.
Ao olhar deve ver,
Ao tranquilizar deve mudar o ser,
Ao ser deve consigo romper,
Ao mudar deve transformar.
Vida que não é vida,
Sempre medo haverá,
A vida que é vida, trará a mudança,
Por onde começa a andar.
Medo do que é desconhecido,
É dado para aqueles que estão mortos,
Mudar é sair do estado estático,
É ter um ser ressurreto.
Então não se conforme, diga não!
Então não se escondam, diga não!
Então prossegue em sua direção,
Tenha convicção, e como um vencedor estenda a mão!