DENDÊ E BAUNILHA
Meus olhos hão de mui retratar
O verdor da paisagem silvestre…
Sou silvestre e o tempo me veste
Com a ferocidade das vagas do mar!
Minhas mãos hão de mui tocar
Nas selvagens matas das horas…
Sou selvagem e o vento me sopra
Com a bravura do indomável cocar!
Meu peito há deveras de sentir
As falcatruas que são souvenir
Dum sentimento que coça mentiras…
Enfim, meu corpo há de mui entender
Que o mundo é um sorvete de dendê
E que as pessoas têm gosto de baunilha!
DE Ivan de Oliveira Melo