ESTRADA POÉTICA
Não sei se é a poesia da estrada
Ou se é a estrada da poesia
Porém, quando percorro a danada
Penso em versos, vivo sinfonia
As curvas são fontes de lembranças
Dos leitos, dos corpos sensuais
As retas renovam as esperanças
De alcançar perenes ideais
Motoristas, nem sempre apressados
Desejam automóveis velozes
Revivendo seus sonhos passados
Remoendo seus dias atrozes
Imagino a fanfarra da vida
Transitando por este caminho
Revoltada, às vezes querida
Beijo a rosa, sintetizo o espinho