Arte para poucos...
Elas são especialmente raras nos dias de hoje.
Não precisam de muito para saberem como estão e do que precisam aqueles que as procuram.
Jamais julgam, antes colocam-se em seus lugares, ouvindo e dedicando-lhes carinhosa atenção.
Compartilham porções preciosas de tempo.
Percebem do outro, com anuência recíproca, o seu todo, e, sem lhes tocar, apalpam seus corpos, assentindo-lhes pulsações, temperatura, humores, sabores, sorrisos e, quando das lágrimas, intuem se originadas de alegrias, medos, tristezas e toda a sorte de dores.
Não fazem apologia de perfeições ou de quaisquer certezas, pois, assumem, elas não existem.
Quem são e onde estão essas pessoas?
Se precisarem rotulá-las ou adjetivá-las chamem-nas de vocacionadas, virtuosas ou nascidas com um dom.
Espalhadas pelo mundo, sem alarde, cumprem delicada tarefa, estar com gente de todos os tipos, culturas, idades, com ou sem credos.
Lidar com seres humanos, respeitando-os, dignificando-os em suas jornadas, andando junto e construindo caminhos é uma arte para poucos.