Dizer Não
Será que um dia ainda voltará?
Os velhos sorrisos francos, olhares divertidos
Conversa na frente do portão
Cafezinho com vizinhos
Crianças soltas feito pássaros livres, sem medo
Brincadeiras de pés no chão...
Se conhecia as pessoas no olhar
Um se preocupava com o outro, se davam a mão
Não tinha um dia que não se viam e papeavam
mesmo que um pouquinho
Se conhecia todo mundo, bola corria no chão
Sem perigo nenhum na contramão;
Hoje mal se conhece quem está do lado
Somos estranhos uns dos outros
A infância passando batida
Não tem mais conversa no portão
Nos falta quem estenda a mão
E a vida nos fugindo, sem podermos dizer "Não".