EU, DIVERSO...
As vezes, calmo, pacato.
Doutra vez, agitado, possesso,
ou, quem sabe, depressivo,
esperando a morte chegar.
Eu, diverso, nos meus rascunhos,
nas minhas idas e vindas das ruas
abarrotadas de gente, no vai e vem,
querendo vencer o tempo que passa.
Eu, diverso, procurando entender o mundo.
O mundo que se vê desabando na violência,
na mata desmatada por serras e máquinas
nas mãos do homem, da ganância!
Eu, diverso, alegre, triste, sonolento,
que as vezes me arrebento num auto-tapa,
querendo entender a vida. A vida
que me deixou assim: Eu, diverso, eu, diverso, eu diverso...
Paulo Odair