Dúvidas
Todos os dias elas surgem aos bocados
São engrenagens da máquina mental
Tateamos no terreno minado
Entre o mundano e o celestial
Pontos e mais pontos de interrogação
Às vezes optamos no modo automático
São decisões em sucessão
Em que precisamos ser pragmáticos
Certo ou errado, virtude ou pecado
Precisamos escolher a contragosto
São dúvidas que nos deixam atordoados
Afinal, a vontade é fazer justo o oposto
Às vezes em sonho a dúvida se dissipa
Acordamos com um plano traçado
Mas logo em seguida vem outra bendita
A deixar tudo embaçado,
nada engraçado...