CHOVO

Chovo pinga a pinga pesada,leve,

bato no chão e desfaço-me

inventando um novo lago

onde danço os pés

e rio como uma criança

É fresca a água,

faz cócegas na face

e rio, rio, rio,

isto é... desato a rir!

Descalço as meias

e sinto nos pés o chão

de pedra lisa escorregadia

e chovo, chovo, chovo,

porque tal foi o trambolhão

que chovo, não pinga a pinga,

mas chovo em imersão.

Vale a rua estar deserta

e ninguém ver essa loucura

mas que bem me soube chover,

lembrando a inocência perdida

e a felicidade da vida

mesmo chovendo assim

Delfim Peixoto © ®

Delfim Peixoto
Enviado por Delfim Peixoto em 09/11/2016
Código do texto: T5818060
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