Hora do adeus
Amores de boteco,
senhoras de outrora,
pó de estrelas,
pó de estrada.
Minha fé se entrelaça à sangria dos instintos,
desafia céus e terra por alguma verdade que valha um suspiro.
Altar de barro,
semelhança de barro,
juras por Deus e meretrizes santificadas.
Minha mãe, cansada e trôpega,
tinha razão, tinha razão...
Goles de cachaça.
Batismos de sêmen.
As horas consomem toda entranha.
As horas têm fome de caos e glória.
As horas avisam:
hora do adeus.