Hora do adeus

Amores de boteco,

senhoras de outrora,

pó de estrelas,

pó de estrada.

Minha fé se entrelaça à sangria dos instintos,

desafia céus e terra por alguma verdade que valha um suspiro.

Altar de barro,

semelhança de barro,

juras por Deus e meretrizes santificadas.

Minha mãe, cansada e trôpega,

tinha razão, tinha razão...

Goles de cachaça.

Batismos de sêmen.

As horas consomem toda entranha.

As horas têm fome de caos e glória.

As horas avisam:

hora do adeus.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 03/11/2016
Código do texto: T5811708
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