DEPOIS QUE PARTIR
Depois que partir
Tornei-me uma forasteira em terra estranha
Amante da solidão perdida em minhas lágrimas
Sem lugar
Sem parente
Sem aderente
Nos olhos um clamor, uma dor
Uma ferida n’alma
Por que tiraste meu aconchego?
O convívio com a parentela?
Por que ludibriaste?
Com palavras enganosas misturadas com favo de mel?
Se o tempo voltasse
Com certeza faria uma leitura labial
E iria descobrir que foste mercenário
Meu coração que foi forte como Rocha
Hoje sangra de tanta dor
Minha boca que um dia sorriu
Quem a vê não reconhece
E, eu que um dia pensei em ser atriz
Estou atolada numa sala de aula
Presa sem expectativa de voltar pra minha terra
Tudo por causa de você