REJEIÇÃO


Jamais insisto em caminhos
Ou bato duas vezes seguidas
À portas que foram trancadas.

Lá,
Onde não somos queridos,
É o último lugar da Terra
No qual devemos estar.

Sigo sozinha,
Mas sigo banhada pelo sol.
A minha vida  é uma linha
Regida pelo arrebol
Do esquecer que se aproxima.

Não tenho nenhuma ilusão,
Desilusões foram tantas
Que o seu significado
Já não tem significância.

Já nem quero que me entendam,
Não desejo que me ouçam.
O meu caminho se perde
Em um epílogo certo
No qual os que hoje me esquecem
Um dia, se ajuntarão.


Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 17/10/2016
Reeditado em 17/10/2016
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