O futuro do homem
Santa ignorância, da noite quase nada,
Choro desperto, a fome, quente mamada,
Gentilmente seios hirtos à luz oferecidos
Entre o choro, calam-se desejos reprimidos!
Esmiúço a memória escancarada
Na génese de desumana da filosofia
Entre o homem e o prazer, um nada
Tudo pela prol aqui deixada, um dia!
Despedi-me ontem da mulher, durmo
Solitariamente com a mãe do amanhã
Engulo seca a masculinidade, enfermo
Dementemente anestesiado pela manhã!
Chega-me as mãos um objecto, quente
Tubo cilíndrico, extremamente branco
O ar enrolasse na garganta, leitosamente
O futuro espera-me entre choro e pranto!
Pelo amanhã, no hoje, condeno-me
A ser feliz no sonho, de se saber existir
Para além de mim próprio!
Alberto Cuddel®
13/09/2016
In: O silêncio que a noite traz - 15
Santa ignorância, da noite quase nada,
Choro desperto, a fome, quente mamada,
Gentilmente seios hirtos à luz oferecidos
Entre o choro, calam-se desejos reprimidos!
Esmiúço a memória escancarada
Na génese de desumana da filosofia
Entre o homem e o prazer, um nada
Tudo pela prol aqui deixada, um dia!
Despedi-me ontem da mulher, durmo
Solitariamente com a mãe do amanhã
Engulo seca a masculinidade, enfermo
Dementemente anestesiado pela manhã!
Chega-me as mãos um objecto, quente
Tubo cilíndrico, extremamente branco
O ar enrolasse na garganta, leitosamente
O futuro espera-me entre choro e pranto!
Pelo amanhã, no hoje, condeno-me
A ser feliz no sonho, de se saber existir
Para além de mim próprio!
Alberto Cuddel®
13/09/2016
In: O silêncio que a noite traz - 15