TANTOS E TANTAS

Tantos sorrisos dentre tantos opróbrios

Que escalam os degraus da puberdade insana

E jogam sobre os réus relíquia que é lama

Na cadavérica adolescência de bastardos micróbios.

Tanta tristeza dentre tantos nefastos banquetes

Que amordaçam a infância de germes suicidas

E engordam a calvície de jovens com inseticidas

No torvelinho majestoso de idosos com seus cacoetes.

Tanta fartura e estômagos vazios… São escândalos

Que lentamente retratam a pieguice dos vândalos

A detonarem a liberdade oculta que é segredo…

Tantos olhares que leem páginas sujas em branco

A escreverem indecências e esconderem o pranto

Que rola sobre a face do justo que se tornou degredo!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 25/09/2016
Código do texto: T5772477
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