ARTE SACRA
Comprei essa talha em Fortaleza!
Nela, um galho de árvore abriga um ninho
Onde pássaros amorosos alimentam seus filhotinhos
O artista humilde, artesão de fato,
gravou com tanta arte na madeira crua
que a cena, mais parece um retrato na parede nua.
Há anos, olho as tenras folhas...
Os cipós que se entrelaçam num abraço cálido...
E soltam novelos em espirais, graciosos
Esperando da brisa o embalo
Há tempos, ouço o arrulhar distante
Dos pássaros amantes no seu mundo em flor
Há muito, espero que num voo errante
Voem sem destino, ganhem outra cor...
Enquanto isso, penso no artesão...
Que de tão carente...
Os aprisionou!
Comprei essa talha em Fortaleza!
Nela, um galho de árvore abriga um ninho
Onde pássaros amorosos alimentam seus filhotinhos
O artista humilde, artesão de fato,
gravou com tanta arte na madeira crua
que a cena, mais parece um retrato na parede nua.
Há anos, olho as tenras folhas...
Os cipós que se entrelaçam num abraço cálido...
E soltam novelos em espirais, graciosos
Esperando da brisa o embalo
Há tempos, ouço o arrulhar distante
Dos pássaros amantes no seu mundo em flor
Há muito, espero que num voo errante
Voem sem destino, ganhem outra cor...
Enquanto isso, penso no artesão...
Que de tão carente...
Os aprisionou!