Trilhas da vida

Marchei em diferentes direções, buscando as trilhas o melhor caminho, de braços abertos minhas mãos tocam os espinhos, se cortando a cada toque, as gostas que marcavam a terra se apagavam ao toque do vento que vinha arrastando toda a poeira sobre elas. Não me culpo, então não me culpes, esses cortes profundos que me fazem sangrar jorrando toda a esperança, enfraquecido me arrastando, com sede e calor, o ponto em que cheguei fez que eu tivesse medo de mim mesmo, me deitei sobre a grama e gritei, apenas gritei, do que adiantaria uivar as dores em um lugar solitário e esquecido por todos, deitado sentia-se o tempo passando rápido, a noite chegou, a lua nasceu ao norte, avermelhada ela sangrava, as estrelas deixaram de brilhar, um morto deitado sobre o horizonte.