é

agora silenciosamente

sei de

teu ventre,

teus olhos

se apavoram á penumbra

dos ventos,

quem lhe disse que seria

fácil, o rio é faminto na

sua profundidade, peixes,

figuras lendárias

nas cordilheiras do pensamento,

o frio e o calor, dose massacrante

de horror, que janela se abriria

a essa hora da noite, quando ricos

e pobres são irmãos de medo, voraz

é essa vontade de navegar, romper

as correntes, ir além, trombar nas

costas do infinito, no entanto, sou

denso como essa noite, e meu corpo

precisa descansar, quem sabe

amanha, quando o sol quedar

como varanda acesa em nossa gaiola,

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 14/09/2016
Reeditado em 14/09/2016
Código do texto: T5760265
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