Enquanto Falavamos das Folhas Secas.

Ainda vejo as pegadas apagadas na areia,

Teus sonhos não cabiam no teu pequeno corpo.

A vida era frágil demais para entendê-la.

Você sorria, corria sem rumo, chorava...

E eu sempre lá estava, ao teu lado.

Sorria os teus risos,

Chorava os teus prantos...

Sofria os teus sofrimentos,

Mas não entendia aquele brilho doce da sua esperança.

Como me fazias caminhar sobre as nuvens?

Sem tirar os meus pés do chão.

Meu peito espalhava pelo corpo,

Um calor delicioso e inexplicável.

Mas os verões se foram,

Chegou o inverso e congelou meu peito.

Chorava calado, pois não tinha seu brilho,

Para me dar um conforto.

Assim como as folhas secas,

Que bailam pelo ar,

Sem saber onde irão repousar,

Você se foi e me deixou aqui.

Fecho os olhos e posso te sentir,

Sentir dentro de mim,

Ao meu lado.

Ainda sofro calado,

Mas tuas mãos curam as feridas do meu coração.

Quando sinto frio,

Como o vento... invisível,

Você vem e me aquece.

A distância dos olhos fere,

Mas a proximidade da alma e do coração, consolam.