Águas das nuvens: você

Sentada à beira do caminho

seco, empoeirado.

Até o vento sente sede.

O rio em seu remanso indolente

clama pelas águas

que a nuvem guarda.

Chove aqui, acolá.

Cheiro de terra molhada,

de mato, de infância.

Lava telhados e calçadas

Desincarde o ar, florescência

de cores e aromas.

E vida! É Graça! É colheita

E você, como as águas entranhadas

nas nuvens, sempre volta.

Respinga amores, provoca sorrisos

Lava a alma, escorre alegria

na corredeira da magia.

Olyndabassan

Dá série.... Poesia instantânea. Senti saudade da chalana, descendo o rio carregada de palavras, querendo se arranjar em versos de um jeito qualquer.

olyndabassan
Enviado por olyndabassan em 03/09/2016
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