Águas das nuvens: você
Sentada à beira do caminho
seco, empoeirado.
Até o vento sente sede.
O rio em seu remanso indolente
clama pelas águas
que a nuvem guarda.
Chove aqui, acolá.
Cheiro de terra molhada,
de mato, de infância.
Lava telhados e calçadas
Desincarde o ar, florescência
de cores e aromas.
E vida! É Graça! É colheita
E você, como as águas entranhadas
nas nuvens, sempre volta.
Respinga amores, provoca sorrisos
Lava a alma, escorre alegria
na corredeira da magia.
Olyndabassan
Dá série.... Poesia instantânea. Senti saudade da chalana, descendo o rio carregada de palavras, querendo se arranjar em versos de um jeito qualquer.