SANGRANDO (ou) VERMELHO

SANGRANDO (ou) VERMELHO

Queria metáforas para a cor do sangue,

Posso falar que não estou todo ruborizado,

Mas me falta à descoberta que deixa corado,

Vermelhusco que abruptamente explode das narinas,

Cor encarnada, eu fico abrasado e tão dolorido.

Do vermelho passo a cor pálida dos vampiros,

Olheiras de Nosferatus ou personagem de “Burton”.

A toalha da cor de Nanã vira num corisco em Ogum,

Tudo é a minha volta é tão sanguíneo... sanguíneo (rs)

Vendo as manchas na agua da privada, é coral.

Coralino, talvez esse vermelho seja a tal magenta,

Talvez... Mas a dor do estomago traz a boca o rufo,

Sinto-me como parco fisgado pelo anzol rúbeo

Sangue oral que vem na cor marrom café,

Vermelho café? Só se for café maduro no pé,

A dor é de como a marca escarlate das traidoras,

Ao limpar a boca penso que eu estou irritado,

Afinal o sujeito irritado também é sanguíneo,

Nas faces do irritado vasos congestionados...

Na ponta de dor um sorriso maligno na face

Marxista, esquerdista, bolchevique, sovietista,

Comuna, socialista e sangue por outros orifícios.

O vermelho está nas bandeiras das revoluções

O carmim esta nas aguas e no movimento,

São dentões e olho de vidro, o parco que já citei,

Mas há acarajá, acarapuã e caranha e há flores,

Mas as flores vermelhentas têm espinhos.

Picam a pele e libera o avermelhado, o ruivo.

Assim como a picada de alguns piolhos vermelhos...

Piolho de galinha, piolho do café e piolho rubro...

Apoio à mão no chão ao lado da privada,

Privada agora toda avermelhada e mais bela,

Escorrego no chão acarminado ou colorado?

Caído entre o sangue dos orifícios... Sou rufo,

Sou cravo cortado e cetrino num chão puníceo,

Penso apenas que cansei de tudo e de todos,

Sou a bandeira puída revolucionário, bolchevista,

Comunista, soviético, russo, subversivo e dos tolos.

A maldita cabeça que pulsa como badalo,

Assim como deve pulsar a cabeça de um vidrado,

De um carapitanga, do acaraiá e do baúna.

Todos devem ter as cabeças latejantes fora da agua

O ar fica acerejado que para os poetas é carmesim

Vivendo vejo roupas respingadas, purpura.

Carminado, puníceo, vermelhaço, piranga,

Tapete encarnado, vermelhão, purpúreo,

Rosto rubro, rúbido, corado, abrasado,

Como ando cansado de tudo

Rosa vermelha aberta

Pétalas já caindo

Puta de batom

Todo borrado

(É claro!)

Carmim

Fim

André Zanarella 29-08-2016

(escrita, diretamente no site, sem correções)

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 29/08/2016
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