Sou enteado da vida
Órfão da sorte
Sou alma perdida
Que ruma sem norte
 
fui filho da lua
Irmão dos bancos do jardim
Dormi na rua
Sem ninguém querer saber de mim
 
Passei noites acordado
Sem ter aonde ficar
A fome caminhava a meu lado
E eu já não tinha forças para andar
 
Fui injustiçado
E condenado sem razão
E mesmo amaldiçoado
Consegui-me erguer do chão
 
28 anos depois
Eu recordo com dor
Tudo o que passei
A falta de amor
 
E choro sem lagrimas
A infância que perdi
As feridas que nunca sarei
E que continuam em mim

 
valdo santos
Enviado por valdo santos em 28/08/2016
Código do texto: T5742870
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