labuta
nada existe, mas um poema
é fabricado nesse lado do sono
sacos de lodo, membradas desovadas
num tempo remoto, ninguém sabia
desse segredo, que homens taciturno
se deita na pele das trevas e cavouca
ouro no mistério, o fogo é iínfimo
no começo dos trabalhos, mas conforme
os olhos aquece o bruto minério,
raios de carmim se insinua como
fogo no coração das entranhas,
de vez em quando o rio se expressa,
nasce o silêncio num gesto monstruoso,