O sol ou a lua?
Eu sou a lua...
escondida entre as nuvens do amanhã adormecido,
a escuridão que me envolve e fortalece,
a força que reflete a luz para o mundo
e no oculto se envolve no caos do universo
trazendo a abonança e cruzando o planeta
fazendo da incerteza a firmeza para defender o amanhã.
Mas em mim algo não se conforma
no interior de meu espírito a luz ganha força,
a indolência amedronta as vontades de meu ser
caio na escuridão, mas a ela não pertenço
e uma dor nutre o meu peito,
gritando silencioso um canto misterioso
nas tardes sem risos, sem aurora.
aqui é escuro, mas há uma luz
na face sem expressões há algo intrigante
e na inconcretude das coisas surge um novo dia
destoando de tudo que posso ver ou sentir
simplesmente existindo e não sendo explicado
não nesses versos...
não nas palavras jogadas no ar pelo profeta...
em nada.
Eu sou o sol.
Tenho a minha própria luz, que incomoda e parte ligeira,
para construir, edificar e irradiar esperança...
não posso ser a lua, não posso refletir luzes
pois sou a própria luz, a luz escondida e vencida na escuridão...
derrotando a inexistência e irrompendo pelas belezas do nada ser.