Os quatro elementos.
Frágil e indecisa,
Fluida ela é...
Percorre águas revoltas
Vai contra a maré.
Sucumbe no ato,
Regurgita sem fé
Ser mar não suporta.
Melhor ser regato
Ali onde dá pé...
Onde brincam crianças
E velhos descansam...
Mas logo ela cansa,
E voa qual libélula.
Nos ares respira,
Nos ares se inspira,
Nos ares quer amar...
Mas qual, logo cansa,
E feito criança,
O fogo quer buscar.
É no fogo que dança,
E busca esperança
De se encontrar.
Mas qual, logo cansa,
E busca a terra,
E chove na alma,
E aninha-se na lama,
E dança e canta,
Até repousar.
Então cerra os olhos
Desiste de tudo
E fica na lama
Até o sol chegar
E o corpo morto,
Tentar ressuscitar.
Jeanne Geyer