Um poema não meu.
Como eu estou há muito tempo à mingua quanto a ter uma qualquer inspiraçãozinha que seja, e pra dar uma mexida -uma "renascida"- nessa minha já então quase moribunda página, resolvi deixar aqui um escrito que eu gostaria de ter feito...,...me identifico muito com o "jeitão" do poema.
Infelizmente eu não consegui comprovar exatamente a quem, de direito, cabe a sua autoria -pode ser até que seja de domínio público...(...o Zé Ramalho costuma declamá-lo em shows...) / Desculpem-me por essa minha ignorância.
"A SAGRADA ESCRITURA DOS VIOLEIROS"
A defesa é natural.
Cada qual para o que nasce.
Cada qual com sua classe,
seus estilos de agradar.
Uns nascem pra trabalhar,
outros nascem para a briga,
outros vivem de intriga,
outros de negociar,
outros vivem de enganar.
O mundo só presta assim.
É um bom,
outro ruim
-e eu não tenho jeito pra dar.
E pra acabar de completar:
...quem tem o mel dá o mel,
quem tem o fel dá o fel,
quem nada tem, nada dá.
(...uma ressalva: -...se esse poema meu fosse, eu não teria escrito o verso "O mundo só presta assim"...,...eu escreveria " O mundo tá mesmo assim"...).