Porque tu?
Porque tu?, Pergunto uma e outra vez.
Porque tu? E não obtenho resposta.
És fonte de um amor
Que não entende de tempo nem distâncias,
De um sentimento sem esperanças,
De uma ilusão de desilusões.
Tu, aventureira, apaixonada,
Imprevisível animal de outra espécie,
De outro mundo, de outros tempos.
Tu, quem ignora minha presença,
Me sanciona com sua indolência,
Nega-me o desejo de um sorriso.
É o teu mistério que me atrai?
É o teu silêncio a minha perdição?
É a tua incerteza minha fraqueza?.
Talvez, o delírio por um beijo seu
A fatalidade da minha morte?
Deixa-me ser o sossego nos teus desvaneios,
O Farol de suas confusões,
A esperança de tuas provações
A luz de suas noites escuras.
A incerteza das minhas perspectivas,
Empreende comigo a ilusão de uma nova jornada,
Procuras ancorar sua nave errante em terra segura,
Em carícias, afetos e nas paixões.
A imensidão do teu ser,
Revela o seu mistério e vem,
Desminta me a dolorosa eternidade de não te ter.