À CADA UM
O outro é tu mesmo
Não bebes em cálice alheio
O sol projeta tua sombra
Semeias em teu caminho
Recolhe as flores
ou espinhos
De tua própria estrada
Bebe o vinho
E come o pão
Do teu próprio organismo
Tuas dores
São só tuas
Tu és filho Dele
Mas Ele só o observa
Educa-o, amando
Perdoa-o, todos os dias
Sua Lei de Amor
Não podemos entender
Tanta misericórdia
Ainda desconhecemos
Distantes estamos
De sua sabedoria
Por isso sofremos
Sentimos o gosto
Amargo do fel
Tropeçamos nas pedras
Que atiramos
Em caminhos alheios
Que cada um levante
O véu de seu próprio rosto
E olhe para Deus.