Um lugar, que é o antigo lugar

Um lugar indecoroso composto de pavimento superior, pavimento térreo e calabouço.

Um lugar que em 14 de Julho de 1789, tira o folego da humanidade com todo a desumanidade que representava.

Um lugar que derramava sangue, pela ignorância da intolerância e de tudo que chocava o que era norma.

Um lugar que ao tirar o folego de muitos, deu folego a outros para gritar “Liberté, Egalité, Fraternité”.

Um lugar que demonstra que a árvore destes ideais deveriam ser regadas pelo sangue dos inocentes.

Um lugar que oferece a humanidade reconhecer seus ideais mesmo sem intendê-los.

Um lugar que ensina a humanidade a refletir nas reflexões do ensino do cristianismo: de reunir os homens em fraternidade, que os homens vivam a igualdade por não terem propriedades, que os fiéis “vivam na caridade, na santidade e na liberdade cristã”.

Um lugar que inspira em Maio de 1791, um discurso inflamado de René Louis de Girardin, marquês de Vauvray, dirigido aos membros do Clube dos Cordeliers.

Um lugar que depois de séculos trás as mesmas reflexões de “Liberté, Egalité, Fraternité”, após a desumanidade do atentado de Nice.

Um lugar que tivera de morrer 99 pessoas para que o mundo pudesse ver que não era humano, mas no presente morreu 84 pessoas e 18 ficaram feridas pelos que ainda não aprenderam a ser humano.

Um lugar que não em bastilha, mas em Nice, no sul da França às 22:30 h. nos remete a pensar que; temos verdadeiramente à “Liberté, Egalité, Fraternité”?

Um lugar novo que nos ensina que ainda temos de tomar à bastilha da desumanidade tão humana.