Cego de outras vidas

Esses olhos não são meus...

Pois não querem enxergar,

O cérebro não vê além da razão.

A mente se perde em qualquer lugar...

Me cubro com o véu da cegueira,

Me afogo em palavras sem entonação,

Eu não consigo enxergar...

Só sinto com o coração.

Essa sina é eterna...

É um buraco sem fim.

Tento enxergar além da vida,

Mas a morte se apossa de mim.

Esses olhos não são meus,

São de alguém que a muito tempo viveu,

Que nessa vida voltou,

E em meu corpo nasceu.

E esse cego sou eu...

Que não aprendeu com os erros,

Que vive chorando nos cantos

Tentando sanar os pesos.

Da vida...

Da pós-vida...

E da reencarnação.