OLHAR VERMELHO
(Ps/316)


No tosco barraco,
onde o coração pulsa,
Feito bomba a explodir,
Dorme.

Miséria, miséria!
Pilhéria, com maestria!
Do nada,
O tudo, desgraçada valentia.

Pó,
Ópio, bálsamo das margens
Clarão nas orgias
Sofridas barragens das categorias.

Vermelho mar, insano
dos becos, pelas frestas espia.
Fumaça que se desfaz
Pelas entranhas da maioria.

Buscas em vão,
Consolidam feito falésias,
A indolência lôbrega,
Da indiferença marginalizada.

Mordomia do extremo
Polos, de mundo, exacerbados.
Hipocrisia que esconde veneno
Massas soterradas.


















 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 07/07/2016
Reeditado em 19/11/2017
Código do texto: T5690297
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