JANTAR FRANCO-TAILANDÊS
JANTAR FRANCO-TAILANDÊS
Estou tão triste como moleque proibido de usar o pula-pula
Mas o jantar tailandês com cara de francês irá saciar a gula...
Choro sozinho no poente que as cores se perdem ao escuro,
Eu me visto de personagem infantil que é bobo e até puro...
A máquina de lavar louça trabalha sem parar em suas voltas,
Releio o laudo, há o impossível, em meu ser não há revoltas,
Há determinação de quem corta o pulso e vê o sangramento
O destino livra toda a dor como os evangélicos no livramento...
Agora me visto com minha camisa indiana mais que bonita,
Colocarei a minha conta de santo sagrada ou será maldita?
Nada importa, não quero lutar contra o que é o destino,
Sei o que há ainda é pequeno, mas não tem nada de maligno...
A luta foi perdida, pois eu jogo a toalha no tatame da vida.
Eu me visto de palhaço e quero é brindar com todos na partida...
Hoje sou apenas uma esponja do mar que ousa a sonhar
Que no meu Adeus eu vá embora sem para trás nada deixar.
André Zanarella 17-06-2016
Sem correção, escrito direto no site.