Espelho
Olhei-me,
Como se olhasse um mero desconhecido,
Não seria eu próprio, ou o próprio eu, olhando-me
Não te reconheci,
Nesse olhar,
Nesse rosto
Nessa expressão sorridente,
Não eras tu, ou eu,
Não eu que via, eras apenas tu,
Alguém de quem apenas conhecia
A alegria das palavras dos versos
Eu jamais seria assim…
(Sírio de Andrade)
Olhei-te,
Ai especado, triste e cabisbaixo
Um ar cansado, pesado, não era eu
Um rosto desgastado pelo desalento
Pela incapacidade de ver dentro
De reconhecer a luz e talento,
Abandonado, conformado à má sorte!
Levanta-te homem, és parte de mim,
Não uma triste imagem desenhada
Pela tristeza abandonada
Num recanto da mente!
(Alberto Cuddel)
Existo…
Dentro e fora,
No tudo, no nada,
Em mim o tu, o eu
Em mim o eu, o tu!
Olho-me
Como se meramente te olhasse
No cansaço, sento-me
Não sei onde vivo,
Onde resido,
Se livre no espelho
Ou preso no mundo
Sou,
Êxito,
Contigo em mim…
O eu, o tu…
Existimos
Apenas aqui…
Num mero poema!
Alberto Cuddel & Sírio de Andrade
Olhei-me,
Como se olhasse um mero desconhecido,
Não seria eu próprio, ou o próprio eu, olhando-me
Não te reconheci,
Nesse olhar,
Nesse rosto
Nessa expressão sorridente,
Não eras tu, ou eu,
Não eu que via, eras apenas tu,
Alguém de quem apenas conhecia
A alegria das palavras dos versos
Eu jamais seria assim…
(Sírio de Andrade)
Olhei-te,
Ai especado, triste e cabisbaixo
Um ar cansado, pesado, não era eu
Um rosto desgastado pelo desalento
Pela incapacidade de ver dentro
De reconhecer a luz e talento,
Abandonado, conformado à má sorte!
Levanta-te homem, és parte de mim,
Não uma triste imagem desenhada
Pela tristeza abandonada
Num recanto da mente!
(Alberto Cuddel)
Existo…
Dentro e fora,
No tudo, no nada,
Em mim o tu, o eu
Em mim o eu, o tu!
Olho-me
Como se meramente te olhasse
No cansaço, sento-me
Não sei onde vivo,
Onde resido,
Se livre no espelho
Ou preso no mundo
Sou,
Êxito,
Contigo em mim…
O eu, o tu…
Existimos
Apenas aqui…
Num mero poema!
Alberto Cuddel & Sírio de Andrade