DIÂMETROS
Há distâncias que não se mensuram...
Mais fácil medir uma ausência sentida
E em sua dimensão calcular a perda...
Pode-se alçar voos sem limites, infinitos,
Todavia as transcendências não se calam,
Pois é a vontade que governa o íntimo...
Profundos labirintos expõem desilusões
E tecem na obscuridade o palor do tormento
Conquanto sem forma e sem fogo, é água...
Remotas são esperanças que por aí navegam!
O poeta amargura o verso e o depõe lírico...
Tortura as palavras e as impõe sentidos léxicos
Exigindo em seus malabarismos, o fio semântico.
Assim se calcula distâncias, constroem-se ausências
E se destrói a pureza que habita um sentimento!
DE Ivan de Oliveira Melo