Entre estrelas e papéis
Eu olhava impressionada
A mão do tempo sentada ao meu lado
E cada traço parecia encolher
Com o movimento
De repente percebi
Que somos feitos
Da mesma matéria
Que o papel tingido e as estrelas
Uma essência que vaga
Outra que fica
E no meio
A encruzilhada que é viver
Se desfazer nos traços
Que marcam o relógio
Permanecer na energia
Do que vive
Mesmo quando o corpo
Já não cabe...
maio 2016