FANTASMA
Olho para mim e me vejo fantasma.
Estou leve como a brisa que sopra
Sobre o arvoredo das campinas.
Meu som é oclusivo e demente.
Uma ventania acaricia meu rosto.
Não tenho asas, mas posso voar.
Aliás não voo. Simplesmente flutuo
Sobre as nuvens vazias e meio tontas.
Na verdade não entendo o que sinto.
Por que plainar se não sou avião?
Ah! Lembro agora. Tudo é possível
Quando se sonha com o impossível.
Será? Um vestígio de loucura sou eu.
Vivo então. O fantasma não morreu!
DE Ivan de Oliveira Melo