Embriaguez
O cabelo em desalinho,
Pescoço agradecendo
A gravata desatada...
Mais um gole, outra garrafa...
Tantas, como os cigarros
Queimados, junto ao chão.
A razão, já conturbada,
Distraída, esquecida,
Deslocada...,
Pelo vazio da solidão.
As notas do piano
Se esvaem e se confudem
Com lembranças trôpegas
Pra que mais perturbem
O meu interior.
Filosofo pra mim mesmo
Por que o próximo copo,
Já insoso..., teimoso...,
nunca é tão gostoso,
Quanto o primeiro,
Como o amor.
Ao final do blues,
Meus olhos mareados,
Marejados...,
Lentos..., distantes...
Parados...
Procuram
Na cortina de fumaça.
Apenas saber
Onde... e como...
Está você...