Crônicas da Vida Ordinária

E somente agora consigo ver

Que o tempo não é meu melhor amigo

Que nem todos os dias serão ensolarados

E que nunca irei saber quem está partindo

ou quem está chegando.

Como no dia em que estava jogando pedras no lago

E o sol inebriava minha ingênua mente infantil.

O mundo era meu pequeno reino

e os vilões a meus pés se curvavam.

Então de alguma forma algo mudou dentro de mim,

e eu descobri que não era bom o suficiente.

E agora você se encontra em uma estrada sem volta

a milhas e milhas distante de casa.

A noite já não te assusta

E a lua se torna sua única amiga.

Agarre-se em seus desejos

Disse o velho homem

E faça sua estrela brilhar

Lembra-se de quando brincávamos de escalar

Nos belos dias de verão.

Cada vez mais alto

Não haviam medos a temer

Apenas o mundo girando sob seus pés,

e o vento acariciando seu rosto.

Então de alguma forma algo mudou dentro de mim,

e eu descobri que não era bom o suficiente.

Noites de natal

Luzes de neon

Estrelas decadentes

Rios sem sentido

Destino sem pessoas.

Só então eu descobri,

que não era bom o suficiente.

Memórias apagadas

Camisa amarrotada

Botas furadas

Estrada abandonada

Feridas dilaceradas

A milhas e milhas distante de casa.