MARMOTAS

Grifo com dois traços

E com traços grossos

O que é o desconhecido...

Certamente não me incluo

Neste rol que ignora

Com o olhar de soslaio

A ótica visionária

Do azedume do mundo...

É terrível desconhecer

O que pode ser verdade,

Pois entre pobres e ricos

Há um baú de lorotas

Que engana há séculos

Homens antigos e atuais,

Contemporâneos da vida

Moderna e da Idade Antiga...

Planos erradicaram multidões

E ainda no éter sente-se o olfato

De um desprezo acintoso

Que arruína o bem-estar

E promove o culto de ninguém...

O público sempre foi o alvo

Das comédias e das faxinas

Que trucidaram inocentes

E promulgaram a idolatria

Dos deuses de pedra...

Tudo segue desconhecido,

Porque as mentes não evoluíram,

Os desejos de conquistas ainda

Estão no parapeito das janelas

Esperando tão somente

Que o vento sopre a favor

E se possa conduzir as rédeas

Dos idiotas que se deixam

Levar por mundos e fundos,

Mas que na realidade

Apenas os fundos são mostrados

Visto que a nudez de sapiência

É arcaica e mais hoje,

Porquanto o céu é o teto único

Que abriga tudo o que é

Desconhecido...

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 13/05/2016
Código do texto: T5634837
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