MARMOTAS
Grifo com dois traços
E com traços grossos
O que é o desconhecido...
Certamente não me incluo
Neste rol que ignora
Com o olhar de soslaio
A ótica visionária
Do azedume do mundo...
É terrível desconhecer
O que pode ser verdade,
Pois entre pobres e ricos
Há um baú de lorotas
Que engana há séculos
Homens antigos e atuais,
Contemporâneos da vida
Moderna e da Idade Antiga...
Planos erradicaram multidões
E ainda no éter sente-se o olfato
De um desprezo acintoso
Que arruína o bem-estar
E promove o culto de ninguém...
O público sempre foi o alvo
Das comédias e das faxinas
Que trucidaram inocentes
E promulgaram a idolatria
Dos deuses de pedra...
Tudo segue desconhecido,
Porque as mentes não evoluíram,
Os desejos de conquistas ainda
Estão no parapeito das janelas
Esperando tão somente
Que o vento sopre a favor
E se possa conduzir as rédeas
Dos idiotas que se deixam
Levar por mundos e fundos,
Mas que na realidade
Apenas os fundos são mostrados
Visto que a nudez de sapiência
É arcaica e mais hoje,
Porquanto o céu é o teto único
Que abriga tudo o que é
Desconhecido...
DE Ivan de Oliveira Melo