DELÍQUIOS

As lágrimas em meu rosto

Têm um sabor que apetece,

De gota em gota... é oposto

Que fere e me rejuvenesce.

Há uma vergonha embutida

Em meu jeito carente de ser,

Lágrimas que são rios e lida,

Imensas cachoeiras do prazer.

Às vezes as lágrimas sangram

E me doem febris as pálpebras

Que abrem e fecham indecisas...

Nos prantos que se consagram

As dores são contas e álgebras

Que precisam do vento, brisas!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 12/05/2016
Código do texto: T5633895
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