DELÍQUIOS
As lágrimas em meu rosto
Têm um sabor que apetece,
De gota em gota... é oposto
Que fere e me rejuvenesce.
Há uma vergonha embutida
Em meu jeito carente de ser,
Lágrimas que são rios e lida,
Imensas cachoeiras do prazer.
Às vezes as lágrimas sangram
E me doem febris as pálpebras
Que abrem e fecham indecisas...
Nos prantos que se consagram
As dores são contas e álgebras
Que precisam do vento, brisas!
DE Ivan de Oliveira Melo