LUNAÇÕES

Fim de tarde,

no céu escarlate,

a lua inteira

caça.

O que seria do cosmo,

sem a lua metaforizada,

mitificada?

Ela guarda a melancolia

um golfão de dúvidas

que sempre estiveram em mim,

que fui louco e enamorado.

Ah, Lua já neste início de noite,

há um show para os que se disponibilizam

trocar a tela do celular

pelo céu mal estrelado

e lunático.

Não te vejo agora como um satélite,

mas talvez

um ósculo.

E estou marcado por crateras românticas

em meu seco “Mar da tranquilidade”.

DO LIVRO:"ADVERSOS E OUTROS MOMENTOS"

Paulo Fontenelle de Araujo
Enviado por Paulo Fontenelle de Araujo em 10/05/2016
Reeditado em 11/09/2016
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