LUNAÇÕES
Fim de tarde,
no céu escarlate,
a lua inteira
caça.
O que seria do cosmo,
sem a lua metaforizada,
mitificada?
Ela guarda a melancolia
um golfão de dúvidas
que sempre estiveram em mim,
que fui louco e enamorado.
Ah, Lua já neste início de noite,
há um show para os que se disponibilizam
trocar a tela do celular
pelo céu mal estrelado
e lunático.
Não te vejo agora como um satélite,
mas talvez
um ósculo.
E estou marcado por crateras românticas
em meu seco “Mar da tranquilidade”.
DO LIVRO:"ADVERSOS E OUTROS MOMENTOS"