S O U
(Sócrates Di Lima)
Sou a carne,
a poesia visceral,
sou o corpo que concebe,
o desejo virginal,
sou a ansia do prazer,
A vontade inesgotável do querer,
sou o corpo vadio,
o tempo todo no cio.
Sou a pureza do desejo,
a fonte inesgotável do prazer,
Tanto da alma,
quanto do corpo,
sou a flor e o espinho,
O riso e o choro,
a presença e a saudade,
sou a ambiguidade,
a transposição de um bem querer.
Sou a própria virilidade,
do amor que corre em minhas veias,
sou da aranha a teia,
Do zangão o ferrão,
das flores as pétalas,
Do aveludado nas mãos,
Na boca a vontade afiada,
Na loucura do beijo.
Sou o próprio desejo,
de mim mesmo,
na sangria dos meus sonhos.
Sou penumbra...
Sou luz!
Sou os olhos que te vêem,
E enxergam a tua alma.
Vou a janela dos meus sonhos,
a bifurcação das minhas estradas,
Escadas para o firmamento,
em busca dos sóis, das luas, das estrelas,
Sou o alfa e o ômega,
nas minhas próprias vontades e desafios,
Sou o rio que se transforma em oceano,
Não por engano,
Mas, pela vontade de ser,
O eu, o que realmente sou.
Sou, enfim, o meu próprio EU,
E quem vem a mim,
não morre de tédio,
mas de prazer pela vida...
....a vida de um amor sem fim.